MÚSICAS

terça-feira, 19 de agosto de 2014

VI. Moorea 3


19/8/14 - Terça-feira



Cedinho fomos pra Fare Maheata, pousada do Jean, um cara que conheci na praia, perguntando sobre aluguel de  stand ups e caiaques e que parecia o Rickson Gracie. Precisávamos pesquisar sobre custo-benefício em relação ao China risonho. Gostamos e combinamos de ele nos buscar lá pelas onze no albergue, depois de devolvermos a scooter. Fomos então tomar café em Maharepa aproveitando pra fazer umas compras pra casa nova e que tinha refrigerador (dançou China!). Compra feita, grana sacada e tanque cheio, voltamos pro albergue esperar o Jean que demorou um pouco mas nos instalou a tempo de pegarmos todo o soleil da tarde.

Depois do albergue, nosso novo cafofo tinha até mezanino!





Em caso de tsunami, suba num coqueiro bem alto!



O que ainda não tinha rolado por acúmulo de coisas pra fazer acabou acontecendo no Maheata, num dia lindão!

Caiaque free com rolê entre os bangalôs sobre a água, perto do resort vizinho, onde a transparência é mais incrível. 




VÍDEO
(Música: Exploration - trilha sonora do filme Coraline e o Mundo Secreto)



Depois, mais um pôr-do-sol (tô ficando mal-acostumado), sendo que dessa vez, além de belo, foi poético e animal! Deitei na espreguiçadeira da praia e tive o privilégio de viver isso.




O que dizer de um transatlântico desaparecendo no horizonte, enquanto um pássaro mergulha do nada na sua frente, saindo do mar com um peixe no bico. Nisso, passa o cachorro doido do Jean correndo atrás de uma galinha e toda sua prole desesperada, ao mesmo tempo que duas equipes de canoa polinésia se aproximavam, na mesma medida que se distanciavam do navio. Em cima das pranchas de aluguel, como num beliche, dormiam profundamente os gatos da pousada, que assim como todo o Universo, com exceção de mim,  ignoravam solenemente tudo que acabara de acontecer.




Ball...

...cat!





Agora, 19:30 hs, alguém (não sei quem) toca um ukelelê dentro da casa do Jean. E toca muito bem! Por toda a vizinhança, as pessoas se preparam pra descansar do dia longo e dormir. Dez da noite na Polinésia é como se fosse duas da madrugada em Sampa!

Bizarre...

E ali, bem na nossa frente, la mer noire




20/8/14 - Quarta-feira

Pensando bem, nossa viagem já tava muito melhor que qualquer pacote de uma semana nos resorts 5 estrelas. Viagem de resort em Bora Bora deve dar um tédio danado, pois tá tudo lá e é só vc levantar o dedo pra chamar o garçom ou a camareira. Tudo muito planejado. Prefiro uma viagem-aventura como essa, onde cada momento é uma descoberta e as coisas vão acontecendo sem previsão mas com improvisação! O que esperar? Não sei, e é aí que tá a graça.

Bem, esse é meu ponto de vista...

Algumas palavras que aprendemos na Polinésia:
Ia Orana - olá/bom dia (todo mundo se cumprimenta, sempre com um sorriso);
Maururu - obrigado;
Nana - tchau;
Manuya - saúde (brinde);
Maeva - bem vindo;
Tiki - estátua de madeira;
Vahine - mulher;
Tane - homem;
Fabio'o - super homem!


Com acesso wifi na pousada do Jean, dava pra acompanhar o Billabong em Teahupoo ao vivo pelo site da ASP. Sem boas ondas, o campeonato ficou em Stand By.




Daí...

Discussão de relação

        Discussão de relação

               Discussão de relação

                      Discussão de relação

                              Discussão de relação

        
Lilikoi


                           


                              Discussão de relação

                      Discussão de relação

              Discussão de relação

      Discussão de relação



Lilikoi

Discussão de relação

        Discussão de relação

               Relação sem discussão!



21/8/14 - Quinta-feira

Pela manhã ficamos backapeando fotos de frente pro Pacífico, onde às vezes passava um pássaro molhando no mar uns galhos no bico pra construir seu ninho e outras vezes passava uma arraia na beira da água...surreal!

VÍDEO


Acabei conhecendo o Tehau, filho do Jean. Gente boa, me contou que seu nome significa "paz" em tahitiano e foi herdado do avô. Disse que já trabalhou no Billabong em 2013, ajudando a construir entre outras coisas a estrutura que fica no mar para os fotógrafos e a filmagem do evento. Estrutura essa que aliás foi derrubada pela força das ondas há três dias, com o início do campeonato em Teahupoo.

Início demorado por causa da falta de ondas boas. Mas quando começou...putz! Até agora foram disputados apenas dois rounds, em condições épicas, onde foram eliminados Adriano Mineirinho de Souza, Alejo Muniz, Raoni Monteiro e Miguel Pupo. Gabriel Medina e Jadson André se classificaram pro terceiro round que era pra recomeçar agora pouco, às onze e meia, mas a direção resolveu estabelecer mais um Lay Day.
Isso até que é bom pra gente pois temos uma última pousada reservada pro dia 24 em Teahupoo e se o campeonato continuar engasgando temos mais chances de ver as finais ao vivo. Seguimos na expectativa!

Como já tínhamos experimentado quase todo o cardápio da Lilikoi, resolvemos então sair andando pela estrada afora com um novo mantra:
"Dá caronaaaaaaa", uma adaptação do consagrado Ia Oranaaaaaa...

Conseguimos assim uma carona com um massagista canadense que nos indicou um belo restaurante na beira do mar, o Moorea Beach Café. Estilo Ilha Bela na parte mais nobre, bem playboy, mas muito bom! Meu prato tinha várias coisas que eu não entendia no menu e pedi pro garçom me explicar e até desenhar os ingredientes. Ele não soube mesmo nem desenhar e preferi esperar a surpresa que veio com atum, legumes, abacate e alho frito! Acertei na escolha.




Navio da Coréia do Norte pouco amistoso



Na volta, depois de catar uma garrafa de Hinano na estrada (afinal tinha valor de troca), pegamos outra carona numa jardineira, com um cara que fazia passeios turísticos, o Tehiva.
Era o que estávamos procurando e já deixamos pré-agendado um picnic no motu pro dia seguinte. Na verdade, reservei pela Internet depois, sem muita certeza de que viriam nos buscar na pousada.


VÍDEO
(Música: Black Sabbath - Laguna Sunrise)


De qualquer forma, também agendamos pessoalmente um jantar no Hotel Kaveka e aí sim, devem nos buscar no fim da tarde, depois do passeio ao motu. Vamos ver o que acontece...

Chien, nosso cão de guarda!


Jantar mais tarde, no bangalô mesmo, com compras do mercado e um roubo-empréstimo de detergente do Jean, enquanto a galera dormia.


22/8/14 - Sexta-feira

Depois de uma noite dormindo no nosso mezanino, acordamos às 7 da matina pra ver se rolava o terceiro round do campeonato. E também pra ver se alguém viria nos buscar pro picnic com arraias e tubarões...

Lay Day Called outra vez e a previsão de melhores ondas é justamente quando temos que voltar pra Teahupoo,  no dia 24 e 25! Good to know!

Confirmado nosso picnic através de uma resposta por email. Agora é esperar.


Esperamos e esperamos. Até que chegou uma van, bem esquema CVC, pra pegar a gente. "Iaoranaaaa, tout le monde!"






Era um passeio de barco bem próximo ao bacanudo Intercontinental Hotel, com o tradicional mergulho entre arraias e, dessa vez, tubarões de até 1,5 m. Ficava perto do Les Tipaniers, onde já havíamos ouvido falar desse lance. Depois, picnic num motu. Vale bem a pena pois nossa média de gastos com almoço ou jantar era de 5 mil xpf. No entanto, esse passeio custava 6 mil pra cada, com tudo incluso (até cerveja). O valor já era com um desconto de mil pratas que o Tehiva nos descolou na nossa carona do dia anterior.

 



VÍDEO





VÍDEO

Estar no mesmo ambiente, no caso o mar, de tantos tubarões e arraias é realmente incrível! Algo único pelo (não) perigo da coisa. Único também foi o escorregão que a Alê deu na escada descendo do barco. Caiu de bun...bum bem no degrau! Ficou um roxo bem bonito.

VÍDEO


Depois, no picnic, o Siki (nosso guia comédia) ensinou a turistada a fazer o típico poisson cru pro nosso almoço. E que almoço! Além do ceviche, também tinha arroz, frango e peixe grelhados com abacaxi e salada. Conhecemos alguns sudacos também nesse rolê, chilenos e argentinos, por supuesto.





Um espécime raro no motu: o incrível cão-avestruz da Polinésia!

Clique aqui pra ver a receita completa do Poisson Cru à la Tahitienne!



 


Pra manter o equilíbrio (ou não), várias Hinanos e ponches incluídas no picnic (iic!)






Antes de voltar, nosso guia ainda ensinou como fazer pra abrir côcos, comer côcos e tirar leite de côco!

Prontos pra qualquer naufrágio!






À noite, "free pick up" pra nos buscar na pousada com a motorista/garçonete Ana Belle, direto pro restaurante do Hotel Kaveka.

Alê disfarçou, disfarçou...

...mas não conseguiu enfiar o coqueiro na bolsa



Tim, o maitre mais afetado do Pacífico Sul, fez as honras da casa no Kaveka, com direito a uma bela massa, vinho branco e dois tiozinhos tocando música tahitiana (meio bolero, meio Reginaldo Rossi) esquisita.




Na volta pra pousada, tive que matar duas baratas no nosso bangalô... Não gosto de matar baratas. Dá pena. E um azar danado! Vc pode reencarnar numa minhoca, por exemplo. Mas mulher nem pensa nisso, tem que matar! É que algumas noites são realmente mais quentes que outras e aí elas aparecem. Como apareceram também lá na Creperia do Hilton quando fui pagar a conta mas não quis mencionar isso pra não queimar o filme deles, apesar daquelas serem voadoras...











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