MÚSICAS

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

7. Metade da Viagem...O Mundo de Sofia


Segunda-feira, 1º de agosto. Já em Sofia, tínhamos um mapinha bem “não é lá essas coisas” que o canadense  Patrick descolou pra gente. Na saída da estação, taxistas  se oferecendo numa terra desconhecida…dejavú… Sorte nossa que apareceu um senhor, bem idoso, que nos ofereceu carona (de fato, ele não era taxista) pro albergue por 5 euros. Grande "São" Estéfan!



Chegamos no Mostel Hostel pela manhã. Com uma boa estrutura, mesinha de sinuca na recepção, oferecendo café da manhã e jantar com cerveja grátis, nos pareceu o albergue com melhor estrutura até aqui. Conhecemos o Martin, um dos atendentes do albergue e também cozinheiro, que nos passou várias informações sobre a cidade e depois nos levou ao nosso novo quarto, exclusivo e bem bacana, a 10 min da recepção. Num inglês meio macarrônico mas que dava pra entender, era um moleque meio comédia, todo empolgado e dramático nas suas interjeições…Foi engraçado qdo o Paulo fez uma pergunta sobre igrejas católicas e ortodoxas e ele, olhando pro chefe dele, fez uma careta e soltou: “Oh, my goood, I don’t have any inforrrmatioon about thissss!!” hahaha

O hall bacana do Mostel
Esses caras só dormem...!





Já instalados, fomos comer algo num restaurante perto do albergue, onde conhecemos a Zagorka, uma ótima cerveja local, e também a Milena, uma garçonete muito boa (que belo atendimento…). Na roleta russa (ou búlgara, no caso) de escolhermos os pratos locais, o Caio dançou de novo quando pediu um kebab e só veio um pedaço de carne num palito…

Descansamos um pouco e depois voltamos pra pegar o jantar free que o Martin preparava pra galera. Era um macarrão com molho picante servido generosamente pra uma tropa de backpackers. O problema era a cerveja, quente e de garrafa pet…Pelo custo benefício, foi a refeição mais barata da viagem! Depois ainda passamos no bar do albergue (que também oferecia shots) antes de nos aventurarmos na night.


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Primeiro fomos destratados assintosamente num night club pela hostess, que devia estar naqueles dias, e não quis saber de vaquinha pra pagar entrada. Saímos andando. Azar dela e do estabelecimento, pois perderam quarto clientes “di catigoria”, ricos, bonitos e com samba no pé!


Bem, nem tanto…
De lá, peregrinamos pelas ruas de Sofia, passando por lugares históricos e bem iluminados. Ficamos algum tempo num pico bacana que ninguém soube dizer se era ou não era um night club. Bem sofisticado e de bom gosto, com terraços cheios de sofás, música boa e dançarinas contorcionistas na calçada…Tava com cara. Mas a entrada era free e até vi umas meninas do nosso albergue por lá. Bem loco! Terminamos num cassino búlgaro tentando convencer o Caio a desistir de entrar numa mão de pôquer que só ele achava que era Texas… Até dei uma olhada no jogo de roleta mas, sinceramente, minha chance de perder dinheiro era de 110% pq não dava pra entender nadica de nada do que falavam na mesa.


Cerveja búlgara show de bola!



Na volta pro albergue ainda passamos numa tiazinha que falava um pouco de espanhol e vendia lanches na madruga. Daí, lógico, o espanhol fluente e eficaz do Caio entrou em ação com frases inesquecíveis! “Me compreeendes…? Puede rajar la pizzaaaa??” hahaha


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Quarta-feira, 3 de agosto – Pela manhã fizemos um “walking tour” bem legal e light pelo centro de Sofia. Deni, a guia que era historiadora, falava um inglês bem compreensível e sem sotaque, com muitas informações da história da cidade.


Explicando sobre o símbolo da Bulgária que dá nome à moeda (lev que significa leão), pediu pra galera falar qual símbolo representava seu país. Na nossa vez, ficamos mudos. Pensamos no Zé Carioca, Carmem Miranda, seleção canarinho, café, Pelé, Lula (!) mas ninguém chegou a uma conclusão (eu ia dizer havaianas mas não sabia falar chinelo em inglês…)






Casa de banhos públicos em Sofia

Saca só a troca da guarda...

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Pelas ruas de Sofia, o alfabeto cirílico matava a gente. Uma vez, tentando voltar pro nosso apartamento, fui ajudar o Paulo que tava com o mapa na mão tentando decifrar números e desenhos no meio das palavras. Cheguei na esquina de uma rua pra ler as placas e silenciei…não dava nem pra pronunciar a palavra…


Nem todas as placas tem a tradução embaixo...daí complica...


Almoçamos num restaurante típico búlgaro e na roleta gastronômica foi minha vez de dançar grandão. No meu prato veio metade dos ingredientes que eu julgava ter entendido no menu. Os outros pratos e o vinho búlgaro estavam legais!




Pedidos búlgaros...só comédia...
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À tarde, o Caio ficou no albergue descansando a carcaça enquanto fomos pro Mall Sofia gastar um pouco de “leva”, já que tínhamos decidido antecipar em um dia nossa viagem pra Sérvia.
Missao Rasuck 2 falhou mas o Rubão ainda perseguia completar seu Grand Slam de tênis...
Acertei na mosca!




À noite, uma saída light num restaurante bem ao lado do nosso prédio pra nos pouparmos pro rolê de trem no dia seguinte pra Belgrado.





Quinta-feira, 4 de agosto. Pegamos o trem pra Belgrado pouco depois do meio dia. Na estação já nos informaram que o trem não era lá essas coisas e, de fato, ele só tinha 3 vagões e perdia pro trem fantasma da Noite do Terror do Playcenter…


Bonitinho mas...


Na fronteira pra Sérvia, numa cabine até legal mas sem camas dessa vez, rolou uma tensão na nossa cabine quando um policial federal sérvio olhou pra camiseta que o Caio vestia e encanou. Ele tinha comprado numa loja de rock perto do nosso apartamento e tinha um mapa da Bulgária com uma ou outra frase. Daqui a pouco o federal fala apontando a camiseta: “Big problem”. Td mundo com cara de “ué” sem entender se o cara tava falando sério ou tirando uma com a cara do nosso amigo Pavarotti. Ficamos conjecturando entre a gente e uma tiazinha búlgara que estava conosco na cabine se precisava ou não trocar a camiseta. Ela achou que não. Eu achei que sim. O Rubão se absteve e o Paulo tinha certeza que era de sacanagem mesmo. No terceiro aviso, já ameaçando tirar o Caio do trem, o federal sérvio falou sério: “Change!”. Concluímos (exceto o Paulo) que não era brincadeira dele. Trocou.


Trocar essa camiseta? Será que tão me sacaneando...??


O que é que a senhora acha??? Tem culpa eu??
































Vou ficar de boa mas vou reclamar no consulado!




A viagem transcorreu lentamente. Muitas paradas no trecho sem falar num stop & go que o maquinista fez num farol pra usar um telefone e outra hora quando nosso trem empurrou uma outra composição durante um tempo. Ainda teve mais implicância com nosso eurailpass mas contornamos a situação.
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Chegamos em Belgrado (uma hora a menos que na Bulgária) quase dez da noite. Na estação a mesma conversinha de taxista cobrando 10 euros pra nos levar a menos de 15 min de caminhada pro albergue. Fomos a pé mesmo. Tínhamos reserva no Eurostar Hostel, albergue modesto, esquema casarão, sem direito a café da manhã mas com a recepcionista mais esperta e prática que encontramos, a Alexandra. Só confirmou se éramos os brasileiros que ela estava esperando pra nos dar várias dicas, oferecer cerveja local e trocar várias ideias num ingles bem falado e compreensível. Td mundo morrendo de fome já que o trem não tinha bar (e o sanduba que raptei no breakfast em Sofia não deu nem pro cheiro), fomos num restaurante típico indicado pela Alexandra numa antiga rua boêmia de Belgrado.
Eurostar Hostel (Salsicha só no Facebook...)



Pra abrir (mais) o apetite, Rakia, bebida típica sérvia, feita com ervas, frutas e um teor alcoólico bem alto. Pagamos então um ótimo jantar com vários tipos de carnes, vinho e música sérvia por menos de 20 euros por cabeça.



O que será que vai vir dessa vez??

Sexta-feira, 5 de agosto. Walking tour pela manhã passando por várias atrações de Belgrado e conhecendo um pouco da história de uma região marcada por inúmeros conflitos e trocas de donos… Dessa forma, Belgrado foi se tornando uma boa surpresa pra gente que não tínhamos muita informação a respeito e não imaginávamos a metrópole que ela é.


Cow Parade rolando forte..






À tarde, depois de um kebab sarado e algumas compras de garrafinhas de Rakia, ficamos decidindo qual caminho seguir depois de Belgrado em direção à praia, mais precisamente no litoral da Croácia.



Destino selado: Zagreb com conexão para Split em direção a Hvar!



À noite combinamos com a Alexandra e uns amigos de conhecermos as baladas no Rio Danúbio, barcos e bares ao longo das margens do rio. No começo achamos que seria meio furada e tals mas a festa foi pegando de tal forma que se transformou na balada mais doida até agora! Muita música boa e gente bonita num lugar que balançava (afinal era um barco) com a galera dançando…muito bom! Acabamos ainda entrando em outros três barcos pra ver como estava a vibe e só voltamos pro albergue com o sol nascendo. Antes de dormir ainda rolou um sleep assault nas bolachas do Rubão…







Até o Michael Jackson tava lá!












Isso é homem, xará!



Lá pelas tantas, numa das mesas no convés do barco, ficamos os quatro admirando a vista na pista que se formou...Daqui a pouco o Caio solta um comentário comentando uma pessoa que, sem comentários, tava errada... “Isso é homem, xará!”, eu disse. Me referia a um cara cabeludo, de blazer (e que até enganava) mas que tava na frente de uma outra mina, aquela que o Caio realmente tinha reparado. Daí, com td mundo meio trilili, rolou um acesso de riso na mesa por uns cinco minutos! De um lado o Paulo e o Caio rindo do que falei e do outro eu e o Rubão com cara de “paisagem”, tentando entender pq os caras riam tanto... Culpa da Kátia(ça)!


Sábado, 6 de agosto. À tarde shopping tour com direito a desfile ininterrupto de mulheres lindas! Ganhou da Romênia…



Depois, parada estratégica num trés chic restaurante internacional, onde encaramos o jantar mais caro da nossa viagem. Entradas, cervejas, vinho, prato principal e sobremesa por 50 reais (!) pra cada um na conversão! Leste europeu é longe mas vale muito a pena.
Acho que vai ficar cara essa conta...




Decidimos então voltar pras baladas do rio, agora numa parte mais “Vila Olímpia”, onde são maiores e mais bem iluminadas. Lá vc tem que fazer reserva pra entrar ou pagar cinco euros que nem a gente. Entramos numa tal de Free Styler e demos de cara com uma legítima Kiss&Fly sérvia. Pagação total, house rolando nervoso, mulherada montada e playboys na caça. Ficamos até a hora que o Paulo começou a reclamar do som bate-estaca que lhe causava dor de cabeça e o Caio querendo mais espaço pra respirar. Eu e o Rubão nem ligamos muito pois a balada tinha estilo… hahaha. Daqui a pouco duas dançarinas começam a se contorcer num mezanino vazado em cima das nossas cabeças…vixi! Com dor no coração mas sendo solidários com os brothers, saímos meio que arrastados de lá pra voltar pra parte “Vila Madalena” que conhecemos na noite anterior.






De volta pro albergue, sleep assault again!



Domingo, 7 de agosto. Combinamos de encontrar com a Alexandra pra conhecer uma espécie de praia de Belgrado, que fica numa ilha (!!). Não funcionou bem a comunicação via celular e nada de encontrar com nossa guia. Com um calor de mais de 30 graus, desistimos da ideia de achar a prainha sozinhos, tomando uns drinks às margens do Rio Danúbio, num barzinho elegante. Na despedida de Belgrado, ainda conseguimos encontrá-la pra um almoço/janta antes de encarar mais uma noite de viagem de trem.








Agora, vamos a la playa!!
































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