MÚSICAS

quarta-feira, 10 de abril de 2019

O bichão



Quando voltamos de Minas Gerais, onde passamos o Reveillon em Aiuruoca, reconheço que era necessária uma bela lavada no nosso carro. Muita estrada de terra, mato e esterco pelo caminho. Sem falar na farelada de pão de queijo nos bancos. E vai saber, sei lá se não entrou nenhum bicho por lá e o trouxemos de carona. Sei lá...

A primeira semana do ano se passou com o carro sujão mesmo. Na semana seguinte, estivemos na casa da minha irmã, em Vargem Grande, num belíssimo dia de sol, piscina e petiscos em família. Dia pra curtir e desejar um Feliz Ano Novo pra todos que não encontrávamos desde o ano passado.

Antes de zarpar, minha irmã nos mostrou uns "bichinhos de estimação" que, segundo ela, não incomodavam nada e ainda ajudavam a se livrarem da grande quantidade de mosquitos, que numa casa como essa, é sempre exagerada. Era em torno de umas dez aranhas, daquelas de dar medo, nas suas respectivas teias repletas de insetos e instaladas confortavelmente ao redor de uma luminária no vão do teto da varanda. Nunca vi isso. Um verdadeiro aranhódromo em cima da cabeça dos incautos e desavisados transeuntes da casa.


Beleza.

Alguns dias depois, voltando do mercado com meu carro, a Alessandra sobe reclamando:

- Desce lá na garagem e dá uma olhada no porta-malas pois fui tirar as compras e tinha um bicho enorme lá! Sei lá se era um caranguejo, escorpião ou barata!!

- Ué, mas vc não viu qual bicho? Era cabeludo? Voava?

- Não deu. Ele se assustou, eu me assustei mais ainda e nem vi pra onde foi!

- Mas saiu do porta-malas ou ficou? Ou foi pra dentro do carro?

- Sei lá! Só sei que era enorme e saí correndo...

Bem, com uma reação dessas não dá pra vacilar. Desci cabreiro e com todo o cuidado fui ver se o bichão ainda tava no porta-malas. Nem sinal dele.


Imediatamente mandei lavar o carrão, recomendando muito cuidado pois poderia ter algum bicho não identificado que podia voar, picar, esguichar veneno ou até mesmo matar o funcionário do lava-jato!

Mas nada disso aconteceu, visto que nenhum alienígena foi encontrado.

Mais tranquilão, acabei esquecendo esse episódio nos dias seguintes. Com certeza ou o bicho correu pela garagem ou afogamos ele no lava-jato. Joia!

Chegamos então num outro fim de semana de confraternização familiar, agora na casa da minha outra irmã, em Cotia. Acho que era aniversário da Dri, ou seja, já era fevereiro e fazia bastante tempo que estivemos no meio do mato em Minas Gerais ou Vargem Grande.


Lembro que estávamos voltando pra Sampa com meu carro: eu, Mila, meu sobrinho João e o Breno, sobrinho da Alê, que voltou em outro carro junto com o Gaelzinho. Tava de noite e perto de chegar na Raposo Tavares, qdo me saiu uma aranha gigantona do tamanho de um siri (daqueles sarados), de dentro da ventilação do painel e subindo pelo vidro dianteiro. Só ouvi os moleques apavorados, sem acreditar no tamanho do bichão que saiu de dentro do carro.

"Caraca, mano!! Ó o tamanho do bicho!", falou o Johnny. Breno nem conseguiu falar direito e a Mimi ficava meio escondidinha de longe. Parei o carro perto de um posto e saímos todo mundo do carro, ficando só a aranhuda lá. Pra tirá-la sem matá-la (lógico) foi meio complicado mas consegui prendê-la num saco plástico e soltei no mato. Ufa!

Resumindo a opereta, por uma semana (pelo menos) tivemos uma super aranha morando no nosso carro, perambulando por todo o motor e interior do possante, mas sem dar as caras e as pernas por cima da gente. Mila e Gael com certeza se assustariam bastante mas acho que não morreriam de um ataque fulminante como poderia acontecer com a Alê, ainda mais com ela dirigindo!!

Realmente tivemos muita sorte e proteção.

Que assim seja, sempre!


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