MÚSICAS

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Quarentena - dia 143 (um desabafo)



Ainda estamos subindo a montanha
(mas quem se importa?)


Nos últimos dias, além de muitas notícias sobre promessas de vacinas produzidas por diversos países (China, Rússia, Inglaterra, etc...) cada vez mais próximas (sem transparência, a Rússia diz que pode vacinar em outubro), o que mais se falou foi termos chegado em cem mil mortes causadas pelo Coronavírus aqui no Brasil. 

É isso. Cem mil pessoas, cem mil famílias que não sentiram uma gripezinha. Sentiram sim os piores efeitos de tamanha incompetência no enfrentamento de uma pandemia. Uma sequencia incrível de erros do governo brasileiro, que ignorou os primeiros alertas de outros países, menosprezou o grande poder de contágio e letalidade da doença, demorou para tomar as medidas mais eficazes para evitar a disseminação e, no máximo, só conseguiu o aumento da capacidade hospitalar no país.

Não há fato mais emblemático do que seguirmos sem um Ministro da Saúde decente, apenas um milico interino que pensa que a região Norte do Brasil tem invernos rigorosos como no Hemisfério Norte...

Ouvi esta semana que algo bom desse governo é o Ministério de Infraestrutura. Meu Deus!! Diante do caos na Saúde, do completo descaso na Educação e Cultura, da falta de responsabilidade com o Meio Ambiente e a proteção de áreas indígenas e da Floresta Amazônica, só posso concordar com essa falta de noção da realidade repetindo uma outra frase bem mais realista: a vala comum é a grande obra de infraestrutura do (des)governo Bolsonaro.

E com eleições daqui alguns meses, a política novamente se sobrepõe à saúde e à sensatez. No meu trabalho seguimos em home office, porém cumprindo uma espécie de plantão/rodízio onde temos que marcar presença física uma vez por semana. E a cada semana se repetem e se multiplicam casos de contaminação de funcionários e vereadores. Um colega de sala testou positivo e a pressão contra essa exposição desnecessária, uma vez que o home office tem funcionado muito bem, tende a aumentar bastante até que...bem, até que mais alguém sinta o pior efeito e não passe pela gripezinha.

Que assim não seja.


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