MÚSICAS

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Impedimento duvidoso...


Chama o "Tira-Teima"!


Impeachment porquê exatamente?

Dilma foi (re)eleita pela maioria dos eleitores (e não fui um deles) em 2014. Se o atual governo é ruim e/ou incompetente, temos que esperar novas eleições para mudá-lo, certo? Nem sempre. Ontem, 17/4/16, os deputados reunidos no Congresso Nacional não entenderam dessa forma e aprovaram o prosseguimento do processo de Impeachment da Presidente da República. Por outro lado, se o atual governo é corrupto ou culpado por crime de responsabilidade - e é essa a grande questão - aí sim um impedimento será justificável.

Se o motivador do processo, as famigeradas Pedaladas Fiscais, ocorreu em outros governos, não há porque condenar este governo especificamente por isso. O complicador e grande catalisador do pedido de Impeachment parece ser o quadro grave de crise e recessão do Brasil, piorado ainda mais pela constatação de uma rede de corrupção generalizada (que deve existir há muito tempo) que foi escancarada pela Operação Lava-Jato da Polícia Federal.

De qualquer forma, o poder (ah, o poder...) pode assim mudar de mãos da maneira menos democrática, ou seja, pelo acordo político entre os políticos e não pelo acordo legítimo entre o povo.

Segue o jogo ou é golpe? Pode isso, Arnaldo?? Nesse caso, a regra não parece ser tão clara.

Aguardemos o Tira-Teima...





ATUALIZAÇÃO 1:
A seguir, a opinião de um respeitado e insuspeito juiz, publicada no Blog do Juca Kfouri:




ATUALIZAÇÃO 2:
Segue a entrevista  do Procurador do Ministério Público (junto ao TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, concedida ao Roda Viva.



Na entrevista, o "lance polêmico" é devidamente esclarecido, sob vários pontos de vista (praticamente um drone!)


E, parece, que o cartão vermelho pra Dilma vai cair bem nesse caso...



ATUALIZAÇÃO 3:


Sátira impagável do Programa da Globo "Zorra"




ATUALIZAÇÃO 4:

Pra mim, duas das melhores opiniões a respeito do impeachment da Dilma foram estas:

"Tecnicamente, a palavra não se aplica. Golpe é uma tomada de poder fora da lei. No caso da Dilma ou do Collor, houve um longo processo proposto e acatado pelos congressistas. Assim como a presidenta, cada pessoa daquele show de horror da votação do impedimento foi eleita democraticamente, gostemos delas ou não. Houve prazo de defesa, todos os ritos foram cumpridos e o STF (indicado pelo próprio PT) aprovou o processo por 9 votos a 2. Claro que a pedalada fiscal foi usada como pretexto, assim como a mentira do Cunha na CPI e o Fiat Elba do Collor. O diabo está nos detalhes. Não houve golpe, mas uma tremenda trairagem de um grupo, que viu oportunidade no apoio popular (como mostrou a última eleição) e se juntou para sentar na cadeira."

Fernando Meirelles
(cineasta)




"- Mas vocês não tem uma mulher na Presidência? - indagavam os jornalistas estrangeiros.

- Tínhamos, tínhamos - eu respondia.

- O que ela fez de tão grave?

- Nada que os outros não tenham feito, o que não a exime, mas, sabe, ela é mulher, de um partido dos

 trabalhadores, ficou impopular, o capital parou de ganhar tudo que vinha ganhando, veio o golpe,

 suavemente."

 trecho do livro Confesso que Perdi, de Juca Kfouri
(jornalista)


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