MÚSICAS

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Tombando de saudades

                                                                                       
                                                                    Era um dia especial, tão lindo quanto ela!



Naquela tarde tínhamos uma missão. 

"Padrinho, vocês vão lá pra jogar as coisas da madrinha, né?", perguntou o Di.

Ficamos intrigados, eu e o Jú, olhando um pra cara do outro, e por um pequeníssimo lapso de tempo, quase expliquei pro pequeno tudo sobre o nosso ritual. E ele sabia que era um ritual. Era por isso que estávamos lá, na Praia do Tombo, onde sua madrinha fez tantas caminhadas olhando pro mar, saudando Iemanjá.

"Que coisas, Di?", o Jú perguntou. "Ah, aqueles colares e pulseiras...", respondeu meu afilhado, se referindo às guias espirituais dela.
Ufa! Por pouco não me precipitei. E entendi afinal que era melhor que o Di mantivesse sua inocência e a crença no "ritual dos colares".


Um ritual das cinzas talvez o assustasse.  Eu me assustaria muito, eu acho...


E num cenário perfeito, divinamente presenteado pelo espírito dela, fomos ao mirante (Ricardo e Adriane também) completar nossa missão.

E acho que é por isso que escrevo.  
E descrevo. 
Para não me assustar...
E melhor compreender, um ritual de amor e cinzas.



















Nenhum comentário:

Postar um comentário