MÚSICAS

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

E na Olimpíada de Paris...

 


Minhas primeiras memórias de Jogos Olímpicos são da Olimpíada de Moscou, em 1980. De lá pra cá, tô sempre de olho, afinal é a história acontecendo na nossa frente!





Dessa vez em Paris, dá pra dizer que nunca antes na história desse país as mulheres foram tão fundamentais pro "Time Brasil"! Todos os (três) ouros, por exemplo, foram conquistados por elas. E numa edição em que nosso futebol masculino deu vexame e nem se classificou, nossa seleção feminina nos trouxe a medalha de prata com muito orgulho e alguma surpresa. Por pouco não foram mais onze ouros femininos...



No cômputo geral, caímos algumas posições no ranking (de 12º pra 20º) internacional mas pelo menos foi mantido o grande número de medalhistas como nas duas últimas edições. Em matéria de medalhas, foi a segunda melhor campanha na história do Brasil nos Jogos Olímpicos.

A grande frustração, pelo menos pra mim, foi não termos levado nenhum ouro no surfe. Chegamos bem perto, com o segundo lugar da Tatiana Weston-Webb e o terceiro do Gabriel Medina, mas ratificamos a velha e surrada frase de que favoritismo não ganha jogo (e nem bateria).



Depois de um dia muito mais que épico, Olímpico, nas ondas de Teahupoo no dia 29, o mar baixou e a janela fechou com uma ondulação inconsistente e que deixou poucas oportunidades pro dia da grande final.

(Clica que dá pra ver📥)
VÍDEO


Muito se falou então por que fechar a janela tantos dias antes de terminar a Olimpíada. Por que não fazer a janela durar as duas semanas até o finzinho dos jogos? Teria dado pra fazer as finais num dia muito melhor posteriormente, ao que pareceu nos dias que se seguiram. 

Só que não. Não rolou, não é assim e não sei o porquê.😕


Mesmo com a ausência/eliminação de um dos juízes que vem notadamente achatando as notas do Medina ao longo dos últimos anos, não deu pro Gabriel. Amargou quase 20 min de prioridade em vão, esperando uma última onda salvadora que poderia tê-lo feito virar sobre o grande Jack Robinson. Poderia, porém não era algo certo.

Certo mesmo é que ao longo de 35 minutos os dois tiveram as mesmas oportunidades e um deles deu mais sorte na escolha das ondas.

Isso acontece no surf. Mas acho preferível isso do que ter que engolir maus julgamentos.

Agora, se isso é motivo pra estabelecer no futuro a disputa no surf somente em ondas artificiais em Jogos Olímpicos, aí é outra história.
Nesse formato, não dá pra lamentar a boa vontade das ondulações, somente dos juízes, portanto acho melhor ficar nas ondas naturais mesmo. 

Quando não tiver mar por perto, faz na piscina. Simples.


E ironicamente, na final, Jack Robinson teve a mesmíssima experiência que o Medina quando perdeu pro medalha de ouro local, Kauli Vaast: ficou eperando Godot. 


Em 2014, Medina já fazia pose pros fotógrafos mais ligados


De qualquer forma, vivemos muuuuitas emoções (pro bem e pro mal) mas vivemos!! Só aquela segunda-feira com ondas clássicas de 10 pés plus já valeu demais! Seria mesmo difícil repetir nas finais um dia como aquele.

Eu, hein! É muita gente
perseguindo o cara aí, ó...

Tati prateada e Medina bronzeado ainda mostram nosso domínio mas não  mais nossa hegemonia. Acho que tudo bem. Ficamos incomodados mas não acomodados. 😁

(Aqui, mais uma vez, tudinho muito bem analisado na coluna do Túlio Brandão. 👇)


Torcemos muito pelo Brasil



Agora é iniciar o novo ciclo olímpico com muito empenho e mais apoio, quem sabe. E torcer pra São Paulo ser escolhida pra fazer os jogos em 2036, pra poder oferecer um rio mais limpo que o Sena.

Até lá, quem sabe. 🙏🏊⛵⏳




VÍDEO



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