25/8/14 - Segunda-feira
Teahupoo: Mar e Montanha! |
Acordamos cedo pra dar tempo de tomar café e encontrar o Pierre pra ver o esquema do barco.
Dois belos breakfasts pra gente na mesa comunitária do café e conhecemos então o Mark, australiano aposentado que trabalhou a vida toda com surf e agora só curtia. Foi conosco no barco dirigido pelo Capitão, aproveitando a carona pro spot, junto com o Pierre. Lá encontraríamos alguém que ele dizia conhecer e que veria se dava pra gente ficar junto deles no pico, já que seria o último dia de campeonato, se o swell entrasse mesmo.
Será que o Gabriel Medina mantém a liderança do ranking? Com o talento desse cara, grandes chances...
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Da pousada pro spot: Pierre e as pirâmides verdes de Teahupoo |
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Passamos na marina principal de Teahupoo pra deixar o Mark e ficar sabendo que poderíamos ir junto com o Pierre, sem problemas.
Quando chegamos no spot, a surpresa foi grande. Com as ondas, clássicas e lindas, mas principalmente com nosso barco. Simplesmente o barco pertencente à Federação de Surf, onde ficava a equipe de salva vidas! Com cabine, sonzeira boa à bordo e um belo diferencial em relação aos outros: dois andares.
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"Como tá aí em cima?" |
"Mais alto que aí embaixo...!" |
Com as baterias já rolando há algum tempo na água, desacreditei no que se passava. Na vibe, na energia do lugar, nos melhores surfistas pegando altas ondas na nossa cara, enfim, em toda aquela situação proporcionada pelo nosso amigo e um belo pôr-do-sol.
Ficamos o dia todo fotografando e filmando os tubos colossais de Teahupoo, bem na nossa frente! Era o camarote VIP da arquibancada lotada de barcos, jets, SUPs e...caiaques.
Alê et Pierre...what a day, man! Merci beaucoup!! |
Foi algo indescritível pra mim, já que fiquei vidrado nessa onda desde a primeira vez que a vi. Um dia de realização total, muito mais incrível do que imaginei. Da forma como aconteceu, das incertezas e surpresas durante a viagem, dos dias seguidos de Lay Day até a retomada do campeonato coincidir exatamente com nossa reserva final da viagem. Uma gratidão imensa e difícil de explicar...se não espiritualmente.
E do alto do "nosso" barco, bem ao nosso lado, foi disputado o que alguns chamaram de melhor campeonato de todos os tempos! O evento teve 7 notas dez e quase 60 notas acima de nove, ao longo dos 4 dias de disputa, fechando com chave de ouro no dia da final com baterias apertadíssimas vencidas apenas por centésimos.
O mar estava no limite entre a remada e o tow-in! Liso como um espelho, enorme e perfeito!
E a cada nova formação da série, a arquibancada aquática urrava de excitação, completamente assombrada!
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Alguns ilustres competidores nos barcos vizinhos por ali...
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O Pelé do surf: Kelly Slater, 11 vezes campeão mundial |
O basco Aritz Aranburu... |
...e principalmente o havaiano John John Florence fizeram bonito em Teahupoo |
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A maior parte do tempo fiquei filmando ridiculamente com um tablet que levei pra usar em último caso (que foi o caso) pois acabou bateria e não tinha mais espaço pra tirar foto de celular. Tive que ficar me equilibrando com as pernas presas no barco pra não tombar com as supermarolas!
Mas valeu a pena!
...um lanchinho! |
Mais branco que uma água-viva, posso dizer que caí em Teahupoo! |
Ao final da tarde...L´arc en ciel!
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Medina e Slater esperando Netuno balançar as pernas |
"Meu Deus, que nervoso!!" |
"Corta pra mim...!" |
"Ai, tô enjoando!" |
"EU vou ganhar essa bagaça!" |
Vai ficar em segundo!
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Gabriel voa
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Le Tombée
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Medina tava colocando o Slater no bolso. Assim como nas outras baterias, ele deixou o adversário em combinação, pegando uma atrás da outra. Na etapa toda, só caiu em uma onda, na final. Mas com Kelly Slater não dá pra vacilar. Nunca. Faltando 30 segundos pro final, na última onda da bateria, Medina (com a prioridade) deu vacilo e permitiu que o careca dropasse, precisando de 9,33 pra virar a bateria. Quaaase perdeu nessa bobeada! Kelly fez 9,30...!
Vacilo
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MEDINA CAMPEÃO!
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Gente boa e muito humilde...esse moleque é bão!! |
Na volta pra pousada, celebramos a vitória brasuca tomando algumas Hinanos, lógico. Ficamos um tempão conversando com o Mark sobre surf e Gerry Lopes e com o Pierre extasiado, pensando no vazio que esse dia lhe deixou, afinal seu grande sonho fora realizado e ele já poderia morrer feliz.
"What a Day! It's done."
"What a Day! It's done."
O grande problema de ficar 5 ou 6 horas balançando num barco, é que depois, em terra firme, seu cérebro continua balançando! Vc toma banho se segurando nas paredes e fica pensando tanto que tá balançando que às vezes até esquece se já usou ou não o shampoo...
É o que chamei de Poly(am)nésia, ou seja, síndrome de esquecimento que ocorre na Polinésia. Lembranças de uma mente sem memória...
Mas esse dia, eu não vou esquecer.
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(Música: Eddie Vedder - Light Today)Aqui, a cobertura completa
Um resumo desse dia!
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