Em meio a um sem número de informações a respeito da pandemia, o dia todo e em todo o lugar, tentamos levar uma vida normal dentro de casa.
Tentamos manter o equilíbrio, pois tenho um palpite que essa quarentena será longa e equilíbrio será muito importante.
Vejo, estarrecido, como tudo é político. A saúde do mundo está combalida e tem gente que só pensa na política. É triste, por vezes revoltante, mas é necessário manter o equilíbrio.
Cada dia igual ao outro aqui dentro, mas completamente diferente ao redor do mundo lá fora. Mudanças rápidas em questão de horas, enquanto aqui em casa, às vezes, a noite demora...
Nossa vida, que bom, foi desacelerada. Num grande paradoxo, o isolamento tem trazido muitas coisas boas até. Creio piamente que estamos num grande aprendizado e quem aprender bem, quem puder aproveitar bem esse tempo como aluno, evoluirá muito como pessoa.
E como temos mini-alunos aqui em casa, estamos recebendo lições por vídeos pros filhotes não esquecerem da escola.
Também aproveitamos algum tempo pra voltarmos no tempo revendo álbuns de fotos e vídeos antigos da família.
Visitamos minha mama Dona Glória, refugiada na casa do Jú. Levei Mila e Gael pra que ela pudesse matar saudades deles, apesar da distância, sem tirá-los do carro. Através do ar, mandamos beijos amorosos direto no coração dela. E ela adorou.
Gael, desfraldando a bandeira do desfralde, segue seu aprendizado tentando entender porque não pode mais fazer as coisas na fralda. Porque lhe puseram uma cuequinha agora? E nisso, acerta mais do que erra. Ontem fez cocô na...privadinha!! E dá-lhe bater palmas e parabéns pra ele!
Também fazem arte, literalmente e figurativamente. Tem horas que o nível de bagunça extrapola e temos que agir com criatividade e alguma paciência, se é que nos resta alguma nessas horas. É complicado mas quando penso que estão fazendo isso porque estão bem de saúde, me alivio.
Outro dia, ao abrirmos a Caixa de Recordações da Mila, Gael quebrou a vela de batismo.
E já que quebrou, Alê já pensou em acender.
Pra pedir forças nessa quarentena forçada.
Vamo que vamo! |